quinta-feira, 24 de abril de 2014

Professores quebra-galhos

Segundo os dados, de um total de 1.354.840 professores de ensino fundamental no Brasil, 444.127 (32,8%) têm licenciatura na área que atuam. As disciplinas com maiores proporções de formados ensinando nas próprias áreas são Língua Portuguesa (46,7%), Educação Física (37,7%) e Língua Estrangeira (37,6%). As menores são Artes (7,7%), Filosofia (10%) e Geografia (28,1%).
Já no ensino médio, Português (73,2%), Educação Física (64,7%) e Matemática (63,4%) são as áreas com maior parcela de docentes que ensinam as disciplinas nas quais se formaram. Artes (14,9%), Física (19,2%) e Filosofia (21,2%) têm as menores proporções, segundo os dados do Todos pela Educação.
- Temos uma carência de formação de docentes. Há poucos jovens querendo ser professores - afirma a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz - Ainda não resolvemos o problema nem no quantitativo, nem no qualitativo.
Coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara concorda.
- O resultado reflete um problema grave que é a atratividade da carreira docente. E representa um desafio: garantir atratividade da profissão. Isso passa pela remuneração e também por condições de trabalho - avalia.
Os dados apresentam também diferenças regionais. O Nordeste é a região com menor proporção de docentes nos ensinos fundamental (17,6%) e médio (34%). No primeiro caso, o Sudeste está na outra ponta, com 52,9% . No segundo, fica o Sul, com 58,1%. Coordenadora-geral do do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) do Rio, Marta Moraes crê que o resultado reflete a carência de universidades no país:
- Falta investimento em universidades públicas. Sem formação específica, o professor é um leigo, um quebra-galho.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/maioria-dos-professores-no-pais-nao-tem-licenciatura-na-sua-area-12154856#ixzz2zr1Huaiu 
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Referência:

http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/maioria-dos-professores-no-pais-nao-tem-licenciatura-na-sua-area-12154856
O caminho ideal para desenvolver os cinco pilares básicos previstos no Enem são os projetos didáticos 
O ensino por competências é apenas a ponta mais visível de uma mudança radical de conceito. Esqueça a história de que ir à escola é dever de toda criança e que lá ela vai encontrar um professor pronto a lhe ensinar conteúdos pré-definidos. O que vale agora é o direito que todo cidadão tem de aprender. E por aprender entenda-se não só o currículo, mas a capacidade de construir a própria vida, relacionar-se com a família, os amigos, os colegas de trabalho. A competência é o que o aluno aprende. Não o que você ensina. 

É por isso que os projetos didáticos ganham força nesse cenário. Pense em qualquer tipo de projeto: reciclagem, jornal escolar, criação coletiva de um livro, campanha de saúde etc. Todos exigem trabalho coletivo, planejamento das etapas, pesquisa em várias fontes, capacidade de síntese e diferentes técnicas de apresentação. Ou seja, uma oportunidade para desenvolver diversas competências. "É a melhor forma de desconstruir a cultura antiga, pois não dá para trabalhar assim só com uma disciplina", analisa Carlos Jamil Cury, do Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, um bom jeito de começar a mudar é, no início, tocar um projeto por semestre. Em seguida, dois. Mais tarde, três. "Sem pressa fica mais fácil criar uma cultura." 

O fórum De Escola Para Escola, do Ministério da Educação, reúne experiências desse tipo. "Selecionamos trabalhos que partem de situações reais, sempre envolvendo professores de diferentes disciplinas", explica a diretora de Ensino Médio do ministério, Maria Beatriz Gomes da Silva. Sofre mais para absorver o novo conceito quem trabalha só com o livro didático, acredita Eny Maia, secretária municipal de Educação de São Paulo e coordenadora dos PCN do Ensino Médio. Segundo ela, "ele impede que o professor pare para refletir sobre os conceitos básicos da disciplina e, conseqüentemente, sobre que competências precisa desenvolver nos alunos". Vire a página e explore as possibilidades abertas para quem quer ensinar usando as cinco competências avaliadas todo ano pelo Enem.

Referência:
Revista abril
A educação básica...

Especial Ensino Médio

Uma nova divisão curricular, a mudança no foco da aprendizagem e o exame de avaliação garantem a professores e alunos da última fase da Educação Básica uma autonomia inédita.

Aluno novo, escola idem 

Ensinar por competências significa entender que o mundo mudou e as aulas precisam dar conta disso,A metáfora acima é esclarecedora da própria reforma do Ensino Médio. Os 8,2 milhões de brasileiros que freqüentam as 19456 escolas — e também os professores desses jovens — estão diante de um enorme contingente de informações, com a responsabilidade de dar sentido a elas e construir um novo futuro. 

"Precisamos de gente que pense, tome iniciativas, expresse pensamentos e idéias, saiba ouvir o outro e trabalhar em grupo." 
Um empresário resumiu, numa recente reunião no Conselho Nacional de Educação, o que o departamento de recursos humanos de sua companhia persegue. E a escola tem tudo a ver com isso. Acabou-se o tempo em que só um ensinava e vários aprendiam, sempre a mesma coisa do mesmo jeito...

referência:
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/especial-ensino-medio-425400.shtml